Brasil perde duas posições no ranking de competitividade do IMD 2012
31-05-2012
O Brasil perdeu espaço no cenário competitivo internacional, segundo a última edição do Índice de Competitividade Mundial 2012 (World Competitiveness Yearbook - WCY), divulgado hoje pelo International Institute for Management Development (IMD). A pesquisa mostra que o Brasil caiu duas posições, ocupando, em 2012, o 46º lugar no ranking geral.
Considerado o mais renomado e abrangente guia do mercado mundial, o World Competitiveness Yearbook, publicado anualmente desde 1989, avalia as condições de competitividade de 59 países a partir da análise de dados estatísticos nacionais e internacionais e uma ampla pesquisa de opinião realizada junto a executivos. No Brasil, a pesquisa é coordenada pela Fundação Dom Cabral.
Na edição de 2012, o ranking geral aponta Hong Kong, Estados Unidos e Suíça como as economias mais competitivas do mundo. Apesar de os EUA ocuparem o segundo lugar no ranking, a nação permanece no centro da competitividade mundial, em função do seu poder econômico, do dinamismo de suas empresas, da sua capacidade de inovação e do relacionamento singular desta economia com todas as demais economias avançadas ou emergentes.
O decréscimo do Brasil no ranking vem ocorrendo desde 2010, quando o País ocupava o 38º lugar. No ano seguinte caiu para a 44ª posição e, em 2012, desceu à 46ª colocação. Segundo Carlos Arruda, professor da Fundação Dom Cabral e responsável pela coleta e análise dos dados da pesquisa relacionados ao Brasil, a perda de oito posições nos últimos três anos tem explicação.
“Apesar dos pontos extremamente fortes da economia brasileira, como o dinamismo econômico e a força do mercado consumidor, fatores como o frágil crescimento econômico do produto interno, a baixa produtividade de suas indústrias e as pressões inflacionárias acabaram por combalir, nos últimos anos, a competitividade nacional. Esse cenário representou para o Brasil a perda de 15 posições no subfator Economia Doméstica (25ª colocação) e a perda de 12 posições no subfator Mercado de Trabalho (17ª colocação)”, aponta o especialista.
Por outro lado, o Brasil apresentou significativos avanços no Emprego (ganho de cinco posições, ocupando o 6º lugar no ranking) e na infraestrutura (ganho de 6 posições, no 45º lugar no ranking). A Eficiência dos Negócios continua sendo o pilar de maior força e estabilidade competitiva do Brasil, ocupando o 27º lugar (ganho de duas posições). “Isso sinaliza para a força das práticas de gestão no país, as quais representaram um avanço de 8 posições no ranking, e das atitudes e valores da sociedade e do empresariado, que evoluíram 4 posições em 2012”, conclui Arruda.
Fonte: Canal Executivo - Uol
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