11/03/2016
Por PREVI
Para alguns profissionais, a volta ou a permanência no mercado de trabalho na aposentadoria é uma realidade, seja por necessidade, seja por opção. E essa tendência é comprovada pelos números: entre 2009 e 2014, o percentual de aposentados que voltou à ativa saltou de 20 para 25%, segundo levantamento do Instituto Somatório.
Profissionais já aposentados ou que estão a caminho da aposentadoria e pretendem fazer parte dessa estatística devem se preparar o quanto antes, para que consigam se estabelecer em uma nova carreira adequada a seu perfil profissional.
Segundo a especialista em recrutamento Juliana Starosky, diretora da Starosky Consultoria de Recursos Humanos, em São Paulo (SP), os anos de experiência de profissionais que já se aposentaram podem ser muito importantes para o desenvolvimento das empresas. Por isso, é preciso estar no lugar certo e na hora certa.
“Até mesmo empresas startups podem precisar de profissionais aposentados, que tragam uma experiência. É essencial manter uma boa rede de contatos, pois cerca de 80% das recolocações acontecem a partir do networking. Por isso, a recomendação é manter o currículo sempre atualizado em sites como o LinkedIn, afirma.
Segundo Juliana, é normal haver algum tipo de receio na hora de buscar recolocação, já que muitas empresas atualmente têm adotado uma postura de juniorização, ou seja, buscar profissionais mais jovens, que geralmente custam menos. Entretanto, é possível ir contra essa tendência.
“O profissional precisa estar motivado, deve acreditar no próprio potencial. Depois de trabalhar por tantos anos, ele tem muito a contribuir e deve deixar isso claro. Uma pessoa que trabalhou no mercado financeiro, por exemplo, pode prestar consultoria a pequenas e médias empresas sobre investimentos. Muitas vezes essas empresas não têm condição de contratar uma grande consultoria e essa é uma oportunidade”, sugere.
O consultor organizacional Sergio Fuhrmann, que tem experiência em grandes empresas e no poder público, além de ter sido vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, afirma que um passo importante é fazer uma avaliação concreta para saber qual exatamente é o novo objetivo profissional.
“Em minha empresa atuamos com consultoria específica para pessoas aposentadas. Algumas nos contratam pois precisam de um complemento de renda. Outras querem ter novos desafios e mudar a rotina. Por conta das condições do mercado pode ser difícil elas voltarem a ser empregadas, mas podem se tornar sócias de empresas, consultoras ou prestadoras de serviços”, sugere. Para isso, porém, a preparação é essencial.
“Mesmo se a pessoa não tem o interesse ou a necessidade de se dedicar a um novo trabalho, a aposentadoria deve ser programada com antecedência. Hoje em dia algumas empresas já oferecem isso para seus profissionais. Se não é o caso ele deve buscar por conta própria”, complementa.
Fonte: Previ
http://www.previ.com.br/sala-do-participante/saude-bem-estar/variedades/detalhes-82.htm
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