Por Juliana Starosky
Vivemos momentos de tormenta, tanto
de cenários empresariais em crise econômico financeiro, bem como de sua própria
identidade cultural.
Pedro é um profissional com seus
40 anos de idade, profissional que sempre focou em conhecimento, então fez uma
boa formação acadêmica, sempre se especializou em escolas renomadas e possui
inglês fluente. Ele domina sua área de atuação, possui visão ampla e sempre propõe
soluções inovadoras para a empresa que está ou cliente que visita.
Contudo, não teve muito sucesso
em se tratando de liderança. Atuou em empresas de grande porte multinacionais e
seus líderes sempre foram pessoas políticas que prezavam mais seu círculo de
amizades do que profissionais com competência técnica e comportamental que
fizesse o negócio crescer. Você, deve conhecer muitos casos assim e quem sabe
talvez viva em um local assim em sua empresa, não é?
Então, se perguntamos: Qual é o
real motivo de empresas proporcionarem ambientes como esse e falar em carreira
ou melhor empresa para se trabalhar?
Não sei, e Pedro também sempre se
perguntou!
O que ele sempre se questionou
foi o motivo de não se sentir inserido dentro desse círculo de “apadrinhados”
nas empresas, o que chamamos de “puxa-saco”.
Quem sabe essa crise que algumas
empresas vivem é uma reengenharia que precise perder para valorizar quem
verdadeiramente iria manter seu negócio na ativa e crescendo? É algo para se
pensar, não é? Ou então, a escolha é
manter os “apadrinhados” que nem sempre são competentes como líderes, e sim
políticos destruindo a sua equipe e quebrando o negócio aos poucos.
Vamos voltar a Pedro, ele está se
reinventando, está aproveitando o momento para continuar estudando enquanto
participa de entrevistas de emprego que verdadeiramente são “bizarras”.
Ele poderia fazer uma lista de
situações das mais embaraçosas que já vivenciou até os melhores recrutadores e
empresas para se trabalhar, só pela porta de entrada – que é a área de Recrutamento
& Seleção.
Certa vez, Pedro foi entrevistado
por um CEO de empresa que a única pergunta que veio à tona foi “mais por que
você saiu da empresa X” e a conversa não evoluía. Então, será que no ano de
2019 ainda se faz tal pergunta? Se fica tão preocupado o motivo do profissional
ter saído de empresa ou ter o que o mercado chama de “instabilidade” porque
ficou menos de 3 anos na empresa? Talvez, não seria interesse se perguntar se o
problema não está com a liderança que Pedro teve ou talvez o ambiente que ele
estava inserido ao invés de acreditar que o “problema” está sempre com o
profissional? É uma boa reflexão, não acha?
Ah, tem casos de receber ligações
e a pessoa do outro lado dizer: “fala rápido, porque tenho pessoas na minha
frente e muitas entrevistas para fazer e não tenho tempo para lhe ouvir”. Além
de uma entrevista em consultoria de Executive Search renomada e o headhunter
com comentar “ah, olha aqui o perfil da vaga no meu notebook e veja se você tem
o perfil da vaga. Também não vá para a entrevista com essa roupa porque você parece
um pastor de igreja.”
Pedro procura manter a motivação
para não desanimar e passar sua descontentarão com o mercado de trabalho, bem
como a falta de sensibilidade no trato com pessoas nos processos seletivos.
Desde profissionais que são fantásticos nas entrevistas, com perguntas
construtivas e habilidade em palavras no respeito com o Ser Humano. Porém,
pecam no feedback! Eles verdadeiramente esquecem de posicionar o profissional
sobre o andamento do processo ou simplesmente enviar um e-mail com um: “agradecemos
seu interesse e confiança durante o processo, porém infelizmente a vaga foi
preenchida por outro profissional.”
Como uma “tortura” deixam o
profissional na expectativa aguardando um retorno que nunca chega!
O que vivemos na atualidade, é
uma automatização de processos ou de pessoas?
Será que a falta de habilidade no
trato com o ser humano ficou de lado e a quantidade de profissionais disponível
no mercado faz com que se faça “leilão de profissionais”? Mesmo que esse seja o
motivo, jamais justifica!
O Pedro continua sua busca, na
intensão de encontrar algum local de trabalho que verdadeiramente valorize o
seu potencial e como pode contribuir para o crescimento da empresa e “reza”
para conseguir encontrar alguém com habilidade em fazer uma entrevista humanizada.
Mesmo, que ele não seja aprovado, consiga sair da entrevista sem se sentir um
verdadeiro “lixo humano”.
E ele, deixa um recado para todos
vocês que estão em busca de novos desafios de carreira: “não desistam” e repensem
sobre suas prioridades e valores.
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