Por Juliana Starosky
Olá leitores do Blog - Headhunter da Carreira, hoje quero falar sobre momentos difíceis que fazem parte de nossa vida e como encarar eles de forma leve e humana.
- “Estou cansado, mas não posso parar.”
- “Não dá tempo nem de pensar.”
- “Se eu respirar, parece que fico para trás.”
Essas frases se repetem nas minhas conversas com gerentes e executivos aqui na Starosky Consultoria. E não é de hoje. Já ouvi de quem lidera grandes operações no Brasil, de quem carrega o peso de decisões milionárias no mercado internacional e de quem só queria, por um minuto, não precisar ser forte o tempo todo.
A verdade? Está tudo bem não estar bem. Dói mesmo. O corpo avisa. A mente trava. O brilho no olhar vai sumindo. Mas tem jeito e ele começa pela aceitação e ressignificação de seu momento de vida.
A dor não precisa ser vencida ela precisa ser ouvida.
Existe uma linha de psicologia que eu gosto muito e que faz muito sentido nesse contexto: a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), criada pelo psicólogo Steven Hayes. Ao contrário do que muitas abordagens defendem, ela não tenta eliminar a dor, o medo ou os pensamentos negativos. Ela ensina que:
“Fugir da dor só piora a dor. O sofrimento humano é consequência da tentativa constante de evitá-lo.” Steven Hayes
Confira seu TEDx Talks - Flexibilidade psicológica: como o amor transforma a dor em propósito – clique aqui.
Em vez de lutar contra tudo isso, a ACT nos convida a aceitar o que sentimos, entender o que realmente valorizamos e agir com compromisso com o que nos importa.
Algumas frases que escuto e como podemos ressignificar:
- "Não posso demonstrar fraqueza."
→ "Hoje estou mais vulnerável, e está tudo bem pedir ajuda."
- "Perdi a motivação. Será que tem algo errado comigo?"
→ "Esse cansaço é um sinal. É hora de olhar com mais carinho para mim."
- "Meu ambiente de trabalho me suga, mas não posso sair agora."
→ "Talvez eu não possa sair hoje, mas posso cuidar de mim enquanto planejo algo novo."
- "Não aguento mais gente tóxica ao meu redor."
→ "Nem todo mundo vai ser como eu espero, mas posso escolher onde coloco minha energia."
Automotivação não é forçar alegria. É escolher com intenção.
Cuidar de si é aprender a se ouvir. É parar de brigar com as próprias emoções e começar a fazer pequenas escolhas que te devolvam para você mesmo.
Respirar fundo. Limitar o tempo em redes sociais tóxicas. Se afastar (mentalmente ou fisicamente) do que te adoece. Estar com quem te acolhe. Reorganizar suas metas. Fazer pausas intencionais.
A automotivação nasce não da negação do sofrimento, mas do respeito por ele.
E, por fim: não se iluda.
Sim, há pessoas difíceis em todos os lugares inclusive no trabalho, afinal vivemos em uma sociedade com pessoas com valores e visão de mundo muito diferente das nossas. Mas isso não quer dizer que a maldade venceu. As pessoas boas ainda são maioria. Só que, quando uma atitude tóxica nos fere, ela grita mais alto na memória do que todo o bem silencioso que nos cerca.
Se você está cansado, talvez o que esteja faltando não é energia, mas gentileza consigo mesmo e uma escuta externa para que você possa acolher o seu momento de vida e carreira, pense nisso!
Você não precisa se reinventar todo dia. Mas pode começar se acolhendo onde está. Isso já é um passo enorme, ei escute aqui: Respire! Você tem muito mais a ganhar cuidando de si mesmo, do que dando poder às outras pessoas sobre o que lhe faz bem. Tudo passa, nada é eterno!
Com carinho e respeito à sua história,
Juliana Starosky
Psicóloga & Consultora de Carreira
Fundadora da Starosky Consultoria
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